Blogue colectivo de participantes na oficina de informática da Academia de Aprendizagem e Cultura - Universidade Sénior de Campo Maior
domingo, 22 de junho de 2008
Pregões
Devido à inexistência dos meios de comunicação que hoje usufruímos, havia em Campo Maior como em tantas outras terras do País, os chamados «pregoeiros», homens dotados de certa musicalidade natural, que palmilhavam a povoação, apregoando desde a venda de produtos, passando pelo anúncio de espectáculos e festividades, e até determinações emanadas do poder local, usando para tal vocabulário e musicalidade diferentes de pregoeiro para pregoeiro, o que emprestava um cunho pessoal aos pregões.
«Pregões de Campo Maior»
«Alvilhana» torradinha
Ai s'eu lhe chego a faltar, rica menininha...
(pregão do amendoim ou ervilhana)
Ai pirolito fresquinho...
(pregão da gasosa)
Três figos verdiais, das figueiras dos mais...
(pregão dos figos)
Quem... quiser comprar... carapau... sardinha... a cinco escudos o quarteirão, cachucho e cação a três réis o quilo. Vã a casa do Babau!
(pregão do peixe)
Doces e madurinhas... Quem compra bananas?
Elas são madurinhas e boas, bananas de Lisboa.
(pregão das bananas)
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Apanha da azeitona
Em Campo Maior, todas as ocasiões eram aproveitadas para cantar. Na apanha da azeitona, trabalho que ocupava uma grande parte da população, formavam-se grandes «ranchos» que, alegremente, cantavam quadras como estas:
Oliveiras,oliveiras
Ao longe são olivais
Por muito que tu me queiras
Eu inda te quero mais.
Azeitona miudinha
Toda vai para o lagar
Toda a moça que é baixinha
É mais firme no amar.
Oliveira bem cortada
Sempre parece oliveira
A mulher que é bem casada
Sempre parece solteira.
Os amores da azeitona
São como os amores do Entrudo
Em acabando a azeitona
Acaba-se amor e tudo.
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