quinta-feira, 11 de junho de 2009

Passagens de classe_Exames da 4ªclasse


O mês de Julho era sinónimo de final de ano lectivo. Então as crianças que« passavam» ou faziam o exame da 4ªclasse, organizavam-se em grupos e, de mãos dadas, percorriam as ruas principais de Campo Maior, cantando quadras sempre com a mesma «moda» e dedicadas essencialmente aos seus professores:

A escola da Avenida
É caiada até ao chão
Viva a nossa professora
Que é uma rosa em botão


É uma rosa em botão
É uma rosa em flor
Viva a nossa professora
E mais o senhor inspector


O dia do meu exame
É o dia mais alegre
Viva a nossa professora
Que nasceu em Portalegre


No dia 5 de Julho
Um caso se praticou
Viva a nossa professora
Que ao exame nos levou

Durante o percurso, havia paragem obrigatória: a casa de cada uma das crianças.
Aí entravam e a mesa já estava posta; servia-se então o lanche que constava sempre de groselha, feita com água fresquinha do barril ou cântaro de barro, e«bolo sortido»(bolachas variadas).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Casas dos Quartéis do Tronco

Antigos quartéis da guarnição militar de Campo Maior, actualmente habitados.

Flores


Flores de papel

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cantar à desgarrada

«O cantar à desgarrada é uma tradição de canto popular que se usou em todas as regiões do nosso país revestindo as mais variadas formas musicais: desde o fado aos cantares do Minho e dos cantares da Beira Baixa aos do Algarve.
Também no cantar de "saias" se usa a desgarrada:
Campo Maior que bem cantas,
As saias à desgarrada;
Ouvem-se belas gargantas,
De noite e de madrugada.»
(Francisco Galego. Campo Maior. Cantar e Bailar as Saias.)

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Janela com flores de papel

Janela enfeitada na Rua Direita da Comissão,no ano 2008

AS RUAS DA MINHA TERRA


JÁ ELVAS SE ESTÁ QUEIXANDO
QUE NÃO TÊM MOÇAS FORMOSAS
VENHAM A CAMPO MAIOR
QUE ATÉ AS SILVAS DÃO ROSAS

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Castelo

O castelo de Campo Maior, visto do jardim do Palácio Visconde de Olivã. Parecendo um castelo medieval, foi, na realidade, reconstruído no século XVIII. Em 1732, a torre de menagem que albergava o paiol das munições, foi atingida por um raio, seguiu-se uma grande explosão que destruiu a maior parte do castelo medieval e grande parte da vila.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As Festas de 1894

"Campo Maior (...) transfigura-se transformando as suas ruas, largos, ruelas e praças em outros tantos jardins, onde vegetam arbustos de espécies diferentes, árvores a que não faltam os frutos mais variados, flores de diversas cores, que com os seus perfumes embalsamam o ambiente. E tudo isto feito em poucos dias, sem que se obedecesse a um plano previamente determinado. Cada qual encarrega-se de aformosear a testada da sua casa e, para esse fim, ninguém se poupa a trabalho. Os vasos com flores próprias da estação, os arbustos mais bonitos, as bandeirolas e galhardetes mais vistosos, os centenares de balões venezianos pendentes dos cordões de buxo que caprichosamente se cruzam de um a outro lado das ruas, os alterosos mastros empenachados de flâmulas de vivas cores, os nichos e oratórios, os repuxos de água, tudo enfim contribui para que Campo Maior ofereça aos olhos dos visitantes um quadro de surpreendente beleza, que encanta e que satisfaz por completo ainda os mais exigentes."
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Diário d'Elvas, Ano II, nº 357, 3ª feira, 4 de Setembro de 1894, p. 1 e 2.
in GALEGO, Francisco Pereira (204). Campo Maior. As Festas do Povo, das origens à actualidade. Lisboa: Livros Horizonte, p. 50.